24.11.18
29.7.14
3.1.11
Digo que sou gato
Mas se não sou
Quer o ser
Densidade brannnnnnnnnnca
O perfil do meu nariz, traça no horizonte um paralelepípedo pragmático. Desnecessário. Voltando à luz densamente povoada, calculo ver esqueletos estéreis lado a lado. Um menos pesado que o outro contornou o perímetro de cores e compatibilidade.
9.6.10
Pés pretos
Um bando de andorinhas
Próxima
Invadindo
Transformou os desenhos
A travessia das mulas
Carregando o torpor
Dos dias anteriores
Sempre pela beira
Bordada pela maré
O picador de areia
Tinha um sorriso
No peito
A protetora
O ambientalista
E o outro
Caminharam sobre bancos
Ondulações de sabiá
E na plataforma ...
12.3.10
Sua Mulher.
Minhas formas
em som de adágio,
tem algo de orquídea
que brota exclusiva
de um tronco.
Inteira.
Profunda como violoncelo,
me deixo invadir
pela dimensão do seu corpo.
Conheço meus mecanismos,
apalpo suas mensagens,
decodifico milimétricas entranhas
de sabores e murmúrios.
Sons.
Com a sutileza de um oboé
sobre a
campina do nosso leito,
abro-me na madrugada
que de opaco espanto
se deixainvadir
pela dimensão lírica
do seu voar,
como a
macia paina de abril.
Entre cúmulos algodoados
e rajadas alucinantes
de vigor e sobriedade,
nesta guitarra,
permaneço impávida,
nua e sua.
Dia da Mulher
Fortaleza 08 de Março de 2010 .
27.8.09
Quando a voz vibras
Vacilante flutuo
Ouvir-te encanta
Ante essa voz
Enrubescida de paixão
Escuto o alaúde
Com teu ritmo
Ardente
Em tua lira
Me sinto presente
Entre um anseio e outro
Num rasgo natural
Anuncias
Um carnaval
Ver-te enleva
Ante o olhar
Brando o coração
Encontro um rio
Nesta cadência
Arterial
Em tua fala
Te sinto imortal
No pulsar ou no intervalo
Compõe sua musica
A engenhar...
Quimeras.
Renata Holanda
Fortaleza - 06.08.2009
14.1.09
De nossas conversas :
Ruas percorridas
Na asa do vento
Amuída ao som
“blues mitral”
Sorvia o pó
Da palavra
Exalava
O sabor
Do tempo
Abrasava
O fundo
Da rede
Engenhos a destilar
Nas pernas da composição
Inundada de ar
“brandir cárdia”
Tragava alvéolos
De seus favos
Botão
E eletro
Doméstico
Sem
Manuais
De instrução
“Rápido e longo como pensamento.”
Renata Holanda
1.9.08
3.5.08
28.4.08
9.1.08
8.1.08

Naquele momento
Trocou a terra firme
Pelo ar verde da linha do equador
Frivolidades latentes
Jean e Marie, despidos dos pudores
E as ninfas dos igarapés
Bailavam sobre as camadas em decomposição
A lente rápida e fria
Capturava a dança dos anjos
Sob o tapete
As flores do mal
Escondem serpentinas multifacetadas
O assombro os feixes de luz e o viajante.