Sua Mulher.
Minhas formas
em som de adágio,
tem algo de orquídea
que brota exclusiva
de um tronco.
Inteira.
Profunda como violoncelo,
me deixo invadir
pela dimensão do seu corpo.
Conheço meus mecanismos,
apalpo suas mensagens,
decodifico milimétricas entranhas
de sabores e murmúrios.
Sons.
Com a sutileza de um oboé
sobre a
campina do nosso leito,
abro-me na madrugada
que de opaco espanto
se deixainvadir
pela dimensão lírica
do seu voar,
como a
macia paina de abril.
Entre cúmulos algodoados
e rajadas alucinantes
de vigor e sobriedade,
nesta guitarra,
permaneço impávida,
nua e sua.
Dia da Mulher
Fortaleza 08 de Março de 2010 .
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